quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Fantasmas

Desde que eu era pequena, beeem pequena, em Cachoeira do Sul (no centro do RS, beeeem longe de SP agora), os professores me incentivavam muito a escrever. Eu publicava poesias no Jornal do Povo. Meus pais, claro, babavam, recortavem tudo e carregavam na carteira “pra mostrarem pros amigos”. Eu sempre muito crítica, achava aquilo tudo bonitinho, mas sempre tive uma certa vergonha de falar demais sobre o assunto. É como se escrevendo eu estivesse me despindo, me expondo. Well, é verdade. Escrever é abrir a alma, tirar máscaras, expor as feridas. Mas também ajuda a espantar os fantasmas. Aí eu comecei a usar as palavras pra ganhar dinheiro. Fui para o mundo da Publicidade e consegui colocar pra fora um pouco das minhas angústias. E ainda tinha cliente pagando por isto. Mas nunca foi autoral. Nunca foi a Andréa Fortes de fato falando. Sempre me escondia atrás de uma marca corporativa. Agora eu resolvi chutar o balde e botar pra fora. Vamos ver no que dá. E aonde eu vou dar com isto.

2 comentários:

  1. Creio que aonde, não é o fundamental, rs. Sem bricadeiras, adorei o blog, os textos e o título que é sensacional. Sidnei

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  2. Andréa querida Deinha,não conhecia esse lado Escritora, um espetáculo, continua, sucesso. Textos lindos, poéticos, românticos, lindos e maravilhosos. Que Deus sempre te proteja, abençõe e ilumine todos teus caminhos. Tudo de bom, grandes alegrias e grande beijo. SUCESSSO...

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