quarta-feira, 12 de junho de 2013

Assim, bem real.

Eu quero um amor bem real. De carne, osso e sorriso no rosto. Que me aceite por inteiro, sem maquiagem, com TPM, com dúvidas e medos existenciais. Quero um amor que não me julgue, que me apoie, que me coloque pra cima e me faça sentir a mulher mais linda do mundo. Quero um amor que goste de viajar. Não aquelas viagens perfeitas e programadas. Mas aquelas que a gente vira a rua quando dá vontade só pra ver o que tem no outro canto da cidade. Quero um amor que acorde alegre. Calado pode. Mal humorado, não. Que tenha um propósito de vida e que vá atrás dele com paixão. Quero um amor contagiante. Que chegue e ilumine o ambiente. Uma criatura imperfeita mas crítica para rever alguns conceitos. Alguém que me ouça,  que aceite deixar o iphone carregando no banheiro pra não cair em tentação de dar uma espiadinha no meio da noite. Quero um amor bem simples, sem frescuras. Que entenda que eu gosto de lugares mimosos e que, mesmo sem entender bem disto, se esforce pra me levar num ou outro sempre que dá. Quero um amor divertido, meio palhaço, dançarino, contador de causos. Um amor que queira construir uma família. Que, aliás,  ache lindo construir uma família. Quero um amor bem quentinho, que encoste o pé em mim no meio da noite, que se enrosque em mim e que não se importe de ter as cobertas roubadas, mesmo nas noites frias. Um amor inventor, meio professor pardal, que não se aperte, não se deprima, que não perca a esportiva. Um amor escabelado, tarado, intenso, mas que também curta ficar em casa o domingo inteiro assistindo filme com pipoca. Que me busque quando eu passar da conta com as amigas - e que leve uma garrafa de Coca embaixo do braço na operação de resgate. Quero um amor que me dê flores. Rosas vermelhas. E que chegue com elas embrulhadas embaixo do braço no meio de uma semana sem data ou motivo para comemorar. Aliás, quero um amor que esqueça as datas óbvias. Mas que me lembre o quanto sou tudo de bom assim, do nada. Que me leve pão com mel na cama de um jeitão meio tosco. Que me deixe dormir mais um pouco. Quero um amor sem fórmulas, sem cavalo branco, sem caber em caixas, sem agradar ninguém, que não a nós dois. Quero um amor bem amado. E que ele chegue na hora certa. E quando a hora chegar, eu vou saber. Opa. Chegou :)