terça-feira, 4 de junho de 2013

Guru de dentro.

Eu escrevi aqui no blog certa vez a história que um indiano me contou de que Deus se esconde dentro da gente e, por procurarmos por ele em toda parte, o tempo todo, esquecemos de buscar justo dentro de nós, onde ele vive, afinal. Somos nossos próprios deuses e, portanto, responsáveis por nossos céus e infernos. Tem a ver também com o tal figura do líder, tão polêmica dentro e fora das empresas. Estou cada dia mais cética com a busca de algumas pessoas por um "ente" especial que diria a elas o que fazer, quando fazer, como fazer. Uma criatura acima da média, "dona da verdade," capaz de, além de pensar no seu destino, determinar o dos outros também. Quantas vezes tentamos entregar nossas vidas nas mãos de alguém por falta de coragem de a tomarmos em nossas mãos? Lamento. Ninguém, que não nós mesmos, com nossas pequenas grandes escolhas, pode construir a nossa história. Somos nós que, conscientemente ou não, fizemos escolhas, erramos, acertamos e nos tornamos quem somos. Mais que líderes e mestres, quero estar perto de pessoas felizes e realizadas que, livres que são, fazem aquilo que sentem e vibram com suas escolhas. Por estarem assim tão leves, acabam inspirando, provocando e tirando de nós boas coisas que adormeciam nos nossos medos infantis. Elas não ditam, não mandam, não discursam. Tampouco se queixam. Não querem ser exemplo e não fazem o que fazem para agradar ninguém, que não a si mesmas. Erram e acertam porque estão vivas. E porque se permitem experimentar coisas diferente do padrão, são o que são, de dentro pra fora. E isto já é muito.