domingo, 6 de novembro de 2011

O zangão e a borboleta

Faz mais ou menos um mês que eu participei de um encontro meio mágico, meio lúdico, meio espiritual, a até prático chamado The Art of Hosting. A iniciativa acontece no mundo todo e, desta vez, foi em Porto Alegre, para onde me mandei de mala e cuia e sem muitas expectativas. Fui totalmente no feeling, indicada por alguém que eu super confio e que também não sabia muito do que se tratava. Foi demais. Talvez um dos grandes marcos da minha vida. E deste ano, tão intenso e cheio de significados. Não foi assim tão forte somente pelo encontro, pela "técnica" do que foi passado, mas, principalmente, por quem esteve lá e que, felizmente, começa a fazer parte da minha vida agora. Uma das coisas que foi comentada no tal encontro de quase 4 dias é que na vida, coisas têm que acontecer, que vão começar na hora exata em que deveriam começar, vão terminar quando tiverem que terminar e que as pessoas que deveriam estar com você neste momento estarão lá. Nenhuma a mais, nenhuma a menos. Aceitar isto já facilita muita coisa. Este foi um dos ensinamentos, tão simples e tão intensos que vivi por lá e que, espero, consiga compartilhar muito em breve com um monte de gente bacana, destas que passam pela vida da gente. Pois bem, saí do AOH meio tonta, cheia de ideias e de sensações e deixei, de propósito, meio "de molho" aquele monte de tudo que vi e senti por lá. Escondi, literalmente, o caderno de mim mesma e fui, aos poucos, resgatando o que ficou. Reencontrei amigos queridos que fiz por lá (e que parecia que conhecia há décadas), em São Paulo e por aí. Sim, é possível fazer novos amigos depois dos 30. E, no feriado agora, o de Finados, reencontrei o Marcello, grande provocador do encontro, um destes seres de luz que esbarram na vida da gente e ficam. Com ele, num café da manhã que começou às 10h e terminou às 17h, com direito a almoço e muitos amigos na mesa, resgatei alguns outros conceitos do nosso encontro em Porto Alegre. Um deles, foi a deliciosa metáfora que ele fez sobre as nossas escolhas na vida. Podemos ser o que quisermos, quando quisermos, do jeito que quisermos. Aí ele resgatou a tal metáfora do zangão (pode ser abelha, se você preferir) e a da borboleta, numa quase releitura da cigarra e a formiga. Podemos na vida, sermos zangões, ou abelhas, e semearmos por onde passamos coisas boas. Polinizar, criar, reproduzir. Dá trabalho, mas é produtivo, rico, gera alguma coisa. Ou podemos ser meras borboletas, passeando por aí, sem deixar nada e ainda nos achando lindas de morrer com isto. Agora que nos aproximamos no tal 11/11 e que, segundo pessoas místicas e espiritualizadas, temos uma excelente oportunidade  de escolhermos nossos destinos, acho que vale a reflexão e a escolha. Lembrando, meus queridos, que muitas vezes não escolher nada é também uma escolha.