terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Cestinha de realizações

Existem "n" formas de colocar pra fora o que estamos sentindo. Escrevendo, falando, ficando quietinho, remoendo. Boa parte delas acaba fazendo mal pra gente. Pior, às vezes faz mal para os outros. Normalmente para pessoas que amamos muito. As palavras têm poder. Tem gente que fala que quando estamos com muita raiva de alguém o melhor a fazer é escrever todas as barbaridades que falaríamos para esta pessoa num papel. Chutar o balde mesmo, sem piedade. Depois, é só ler tudo de novo e, dependendo do quanto aquele sentimento tiver acalmado, rasgar o papel, colocar fogo ou usar a criatividade e fazer um ritual destrutivo qualquer. Assim, estaríamos colocando para fora sentimentos ruins (e não criaríamos úlceras) e não magoaríamos (tanto) pessoas queridas. É que geralmente este tipo de ação tem a ver com colocar para fora coisas ruins. Dia destes uma amiga me propôs uma tentativa tão simples quanto, só que mais construtiva. Ela me provocou para comprar uma cestinha, bonitinha, e escrever em pequenos papeis as minhas realizações. Coisas bacanas, que me tocaram, me fizeram feliz. Um elogio que eu tenha recebido, um dia em que eu tenha acordado e me sentido mais bonita, uma boa ação que eu fiz, um presente que eu me dei. Sei lá. Só coisas boas. A ideia é fazer o processo quase ao inverso. Juntar este monte de coisas boas na tal cestinha e, num daqueles dias em que o mundo parece meio cinza, sentar e abrir cada um dos tais papeis, pra reviver os momentos bons e deixar a vida mais leve. Vale quase tanto quanto uma barra de chocolate. E não engorda. Agora que o fim de ano está chegando, de repente a ideia pode "dar cria" e tornar-se um gostoso momento com a família e os amigos. Por que não abrir os tais papeis (e a alma) durante a noite do Natal para compartilhar com quem você ama seus bons momentos de 2010?