terça-feira, 11 de junho de 2013

Diga-me como respiras.

Hoje eu participei de uma oficina que tinha tudo pra dar errado e deu muito certo. Aconteceu onde não deveria ter acontecido, tinha menos gente que o esperado (o temporal não ajudou) e foi muito na medida. Estavam exatamente as pessoas que tinham que estar e acabou ganhando ares de protótipo de uma coisa bem bacana que tem tudo para dar bons frutos logo ali na frente. Ah. Foi uma oficina de reconexão. Isto mesmo. Reaprender a se conectar consigo para, então, se conectar com o todo. Ares de yoga, temática musical inesperada e pequenos grandes aprendizados em formas de lembretes, simples e fundamentais. Um dia eu conto mais detalhes :)
No meio do encontro, uma história chegou para ilustrar a importância da consciência nas coisas que fazemos. Já tinha escutado, não sei de quem, mas adorei reouvi-la e acho que faz muito sentido. Não importa se foram os hindus que contaram ou se trata-se de uma lenda de um monge budista. Sei que conta que cada criatura que chega na Terra tem um número X de respirações que nasce com ela. Este número não pode ser mexido. É seu. Tão pessoal quanto uma impressão digital. Não temos o menor poder de transformar este número. Mas podemos medir sua intensidade. Posso escolher respirar às pressas, engolindo o ar enquanto tento conversar e me desdobrar em malabarismos ou posso respirar as mesmas respiradas calma e lentamente, sorvendo o ar com requintes de um sommelier. Não está super na moda degustar vinhos, chás, chocolates? Por que não degustar o ar? Além de diferente e divertido, dá até pra ganhar uns anos. Diga-me como respiras que te digo quanto tempo viverás.