sábado, 1 de outubro de 2011

Carta a um marido lindo

A semana que passou teve uma data importante para a Cabala. Dia 29 foi comemorado o “rosh hashana” que, a grosso modo (perdoem-me os entendidos), foi um dia importante para recomeçar. Deixar energias negativas para trás e abrir as portas para as boas energias. Nesta mesma semana, não por acaso, eu e o meu marido passamos por uma importante provação enquanto casal. Um momento triste, transformador e que nos uniu ainda mais. E, fechando este turbilhão que foi esta tal semana, hoje é o aniversário do Marco, meu companheiro, amigo querido, amante e marido (seis vezes marido, como ele diz). Estou cada vez mais segura de que o universo sabe o que faz. E sabia o que estava fazendo quando nos trouxe do RS para SP, cada um com suas histórias, para vivermos uma nova história, juntos, na terra da garoa. O Marco tem muito da energia do “rosh hashana”. É um ser mutante, livre, desapegado e aberto a receber e passar boas energias. Aliás, do abraço dele saem estrelinhas. Ele sabe como ninguém passar coisas boas pras pessoas e agora, muito recentemente, começou a se permitir receber tudo de bom que merece. Faz uns três anos que eu o conheci e não paro de me surpreender. Com a capacidade de se reinventar, de crescer como pessoa, de ouvir, e de amar incondicionalmente. O Marco não é um ser perfeito. Nem eu. Ufa. E eu o conheci com esta consciência. Não foi uma paixão avassaladora, daquelas que cega as pessoas (e depois tira o chão, quando a vida real começa a aparecer). Mas um amor lindo e construtivo que foi nascendo à medida em que fomos nos libertando dos nossos medos. É por isto que eu o admiro de verdade. É por isto que esta amor “vingou”. Pelo que ele é na raiz, com todos os defeitos e o absurdo de qualidades que tem. Pelo que descobrimos juntos e pelo tanto que crescemos como gente no decorrer da nossa relação. Sou uma criatura muito feliz, positiva, otimista. Tenho sorte, claro. Mas tenho os pés bem centrados para entender que soube semear naquele homem tão cheio de possibilidades um montão de coisas gostosas. Eu fico olhando por aí muitas amigas em busca do tal “amor de verdade”. E começo a me convencer, convivendo com o Marco, que ele está bem mais perto do que a gente imagina. Escondido dentro da gente (que nem aquela historinha de Deus que o indiano me contou). E que saber reconhecer isto facilita tudo na hora de escolher um companheiro de jornada. Quer ser amada? Ame primeiro. Sem cobrar, sem esperar muito. Se a pessoa com quem você vai compartilhar tudo isto tiver sensibilidade suficiente para entender a força disto, acredite, vale muito a pena. Amo o Marco pelo que ele é, do jeito que ele é. E também porque ele me lembra todos que eu tenho sangue correndo nas veias. Estou viva com ele. E isto, meus queridos, é o que faz valer muito a pena. Love you, meu lindo!