terça-feira, 23 de novembro de 2010

Tempo e vida



Eu já tava incomodada com a tal história do tempo que se esvai, com a liquidez das relações. Aí veio o Saramago e me fez remoer ainda mais sobre o assunto. No documentário, ele falou muitas vezes sobre o tempo e a necessidade de deixarmos que as coisas amadureçam na vida. Cada coisa no seu tempo. Tem que respeitar. Por outro lado, ele apresenta o conceito de velhice como "uma perda irreparável ao acabar de cada dia". E aí, como conviver com estes dois extremos? Corremos contra o tempo o tempo todo. Para aproveitarmos as oportunidades, para vivermos a vida e não deixarmos que ela nos engula. O trânsito come nosso tempo, a agenda também. E aí queremos encontrar os amigos, sermos bons profissionais, filhos, amantes e ainda termos tempo para fazer ginástica e  ler bons livros "calmamente" à noite. Ui. Complicado, não? Eu tenho marcado e desmarcado vários cafés e almoços com pessoas queridas. Hoje é um destes dias. Tenho um almoço encantado agendado com uma amiga e que hoje, aos trancos e barrancos, vai acontecer. Tô ainda gripada, meio branca, apagada. Mas vou encontrá-la. Agora é quase uma questão de honra. Saramago falou também que vida é agitação, atividade, movimento. Pilar comentou que "hay de desdramatizar". Ok, então. Vamos à vida. Simone, hoje, quase um mês depois, vamos comemorar o teu aniversário :)

4 comentários:

  1. ainda sobre Saramago. como ateu confesso, não acreditava em nada além da vida. o elefante mesmo é uma metáfora disso: caminhou, caminhou, caminhou e morreu (ups, contei o fim do livro, desculpae).

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  2. Andréa, sabe, eu sou uma pessoa muito ansiosa. Agora mesmo, estou numa dúvida imensa se volto para o Brasil e março. A decisão só poderá ser tomada em fevereiro, mas já sofro desde agora com a decisão. Se vou ter emprego, onde, etc. e tal. Por outro lado, desde sempre fui uma pessoa de valorizar momentos e relações. E isso ficou ainda mais forte depois da perda da minha mãe e do meu irmão. Sou alguém que não gosto de deixar para depois. O que talvez até ajude na ansiedade, não? rsrsrs Bjinhos!

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  3. Gis, guria. Minha mãe me "ensinou" uma coisa que eu tenho tentado seguir (eu disse "tentado): viver um dia de cada vez. Se for a hora de voltar, tu virás e tudo vai se organizar. Se não for a hora, tu vais saber. Vamos tomar um café em POA quando vieres? Pelo menos tentar? um beijo grande!

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  4. Sim, chego lá 15 de dezembro e fico até 01 de janeiro. É bate-e-volta, mas para um café e bom papo sempre dá-se um jeito. ;-) Bjos!

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