quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Reciclos

Eu já falei sobre o fim do ano e sobre o simbolismo deste tal recomeçar. Mas tem outros recomeços que estão me intrigando nos últimos tempos. Não sei quanto a você, mas eu tenho a sensação de que tem muita coisa se fechando e muitas novas acontecendo. Não só comigo, mas com várias pessoinhas ao meu redor. Um punhado delas, incluindo algumas bem próximas, está terminando relacionamentos. Separações doloridas, de comum acordo, previsíveis ou não. Muita gente. No campo profissional, muitas criaturas estão questionando o sexo dos anjos e procurando encontrar uma luz no fim do túnel, um novo desafio que ajude a brilhar o olho de novo. Fechamentos de ciclos. E tem novos ciclos começando pra um outro tanto. Tem o ciclo dos bebês. Sim, pelo menos umas dez pessoas ao meu redor tiveram ou estarão tendo bebês nos próximos tempos. Quer símbolo maior de renovação? O mais curioso é que estas pessoinhas não têm um padrão sequer parecido e algumas delas nem pensavam no assunto. Aí aconteceu. Ok, ok, antes que você pergunte, novos amores também estão na lista. Ufa. Algumas pessoas estão se permitindo e investindo. A Cecília Meireles falava que é preciso dos deixar podar para voltarmos inteiros. Acho que os rituais são fundamentais para marcar as passagens nas nossas vidas. Vivemos em ciclos. Senão a gente não aguenta. Há quem diga a doença é uma forma de purificação e que nunca saímos iguais depois de passarmos por ela. Pode fazer sentido porque retornamos mais fortes de uma vivência nova. Pelo menos mais experientes. Recomeçar dá frio na barriga. Mas nos faz crescer. O importante é voltarmos sim diferentes, mas inteiros. Senão não vale.

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