segunda-feira, 4 de abril de 2011

Vou-me embora pro Butão.

Ainda não sou amiga do rei, mas, considerando o tamanho do país (eles não chegam a 700 mil habitantes), diria que esta não é uma possibilidade tãããão remota. Mesmo assim, mesmo que eu não consiga tomar um chá com ele, tenho certeza de que terei a oportunidade de encontrar outras tantas pessoas bem ricas e nobres, em histórias e olhares.
Pra quem não sabe (eu não sabia), o Butão é um país (um reino, na verdade), que fica entre a China e a India. É bem pequeno e fica protegido pelas montanhas do Himalaia. Talvez por isto tenha ficado "esquecido" tanto tempo. Felizmente, eu diria, porque graças a isto ele é hoje um dos poucos cantos quase intocados do mundo. A cultura está bem preservada. Ainda é preferencialmente matriarcal (uhu, as mulheres mandam), poligamista e budista. Tudo lá é bem colorido e as pessoas parecem ter saído de um conto de fadas. Quase pequenos gnomos, sorridentes, com roupas típicas, cheios de rituais e lugares sagrados. Eu não quis saber muito sobre o país. Li um pouco, assisti alguns vídeos, mas estou tentando estar bem aberta para chegar lá e conseguir respirar da forma mais livre possível aqueles ares todos. A viagem, como boa parte dos acontecimentos da minha vida nos últimos tempos, foi um grande presente. Eu não desejava conhecer o Butão. Eu não sabia sequer que os butaneses existiam. Mas sabia da minha busca por algumas perguntas e respostas. O budismo tem me trazido algumas delas (respostas e muitas perguntas) e a ida pro Butão representa realmente um divisor de águas na minha vida. Lá eles têm o FIB (indicador que mede a Felicidade Interna Bruta), que tem sido estudado em Oxford e já tem sido implementado em vários países. Muito além das questões econômicas, ele propõe outras visões sobre a vida e as pessoas. Quero entender um pouco mais disto tudo e, se possível, trazer na bagagem muito mais que pashminas e incensos (claro, trarei alguns. Ok, muitos). Mais que isto, espero voltar com histórias e impressões que tenham me tocado, que possa tocar as pessoas, dentro e fora das empresas, e que, tomara, toque também você. Deixo registrada aqui minha alegria pela oportunidade e a euforia diante de tantas mudanças. Sigo amanhã à noite, com o caderno em punho. O computador, bem como todas as tecnologias afins (celular etc) ficará em São Paulo, descansando. Vamos ver como eu me saio, desconectada da tecnologia e, espero, totalmente conectada comigo. Namastê. Até a volta.

Seguem uns links bacanas que eu fui descobrindo pelo caminho:
• http://vimeo.com/18843621 (documentário de Heloísa Oliveira)
• http://www.ted.com/talks/jonathan_harris_collects_stories.html